É importante termos um contraponto às mocinhas e musas? | Papo Rápido

Com Andréa Beltrão, vamos debater essa imagem dela de heroína possível: falha, desastrada, engraçada e espontaneamente revolucionária. Zelda Scorch de Armação Ilimitada, na década de 80, era a repórter de cabelo curtinho que andava de lambreta e tinha dois namorados; Rebeca, da atual novela Um Lugar ao Sol, é a modelo de 50 e poucos que se apaixona por um garoto mais novo e fez uma cena se masturbando. Saindo das personagens, recentemente a internet se encantou com um vídeo que trazia um compilado de falas dela: “Quero ser enterrada de paetê, com cílio postiço, quero estar linda no caixão"; "Eu vou sair nua pela praia de Copacabana beijando todo mundo. Já estou avisando"; “Eu nunca me achei uma grande coisa.” Inclusive ela admite frequentar os Narcóticos Anônimos para conter seus exageros. O quanto é importante Andréa ser esse contraponto às mocinhas e musas? Como a gente se desvencilha da imagem limpinha e pasteurizada para bancar quem a gente é, os nossos excessos e faltas?

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