Modelo insano deu origem ao primeiro Gol GTi de 1989.
Aproveitamos o anúncio de que a VW vai estar presente no próximo Pikes Peak, para recordar a sua primeira participação na mítica corrida até às nuvens.
Há poucos dias a Volkswagen revelava a primeira imagem do carro com que pretende participar no próximo Pikes Peak Internacional Hill Climb. Só pela aparência, parece ser muito rápido. O desenvolvimento em conjunto com a Volkswagen Motorsport está acontecendo na casa mãe, em Wolfsburg, para tentar a sorte na mais emblemática corrida até às nuvens. O objetivo é alcançar o recorde “verde”, ou seja, completar a subida de montanha em menos de 8 minutos e 57,118 segundos, tempo realizado por Rhys Millen no seu eO PP100, também 100% elétrico, o ano passado.
Muitos que estão lendo este texto nem eram nascidos quando a Volkswagen se iniciou em Pikes Peak, corria o ano de 1985. Foi nesse mesmo ano que a marca se apresentou com um Volkswagen Gol GTi, o primeiro e único representante brasileiro na competição. Mas como pode-se perceber, não era um Gol GTi qualquer — era um Gol bimotor. Dois motores, um para cada eixo. Isso há três décadas atrás…
COMO SURGIU O GOL GTi BIMOTOR?
Em 1983, um ano fantástico até porque foi aquele em que eu nasci, a Volkswagen decidiu colocar dois motores num Scirocco para conseguir competir no Grupo B de rali. Além de melhorar a distribuição de peso, os dois motores de 1.8 litros, naturalmente aspirados e 180 cv cada, permitiam uma potência total de 360 cv. O objetivo era ser tão rápido quanto o carro de referência
da época, o Audi Quattro.
O que o Grupo B teve de espetacular teve também de desastroso, com a potência exagerada (há relatos de carros com 2000 cv pesando 600 kg) resultando em muitos acidentes, por vezes fatais, que levaram à sua extinção em 1986. Desta forma a Volkswagen colocava de lado o projeto do Scirocco bimotor.
A ideia era no entanto muito avançada para a época e mal empregada para ser desperdiçada. Motivo pelo qual em 1985 a marca pegou nos conhecimentos e experiência que já tinha do Scirocco e aplicou-os ao Gol GTi. Objetivo: construir um carro capaz de conquistar Pikes Peak. Com uma única subida, se esta corresse bem, era possível o mesmo mediatismo de uma época inteira nos ralis.
Assim, ainda nesse ano o Gol GTi bimotor estava pronto para a mítica subida. Para-lamas alargados, uma traseira com um sub-chassis tubular e dois motores preparados pela Oettinger, agora
com 195 cv cada um. O total eram 390 cv e a possibilidade de atingir os 100 km/h em apenas 4,3 segundos. No entanto, os motores naturalmente aspirados não tinham o “pulmão” necessário para lidar com a atmosfera rarefeita dos mais de 4000 metros de altura do pico.
INSISTÊNCIA DA MARCA
Em 1986, a marca alemã regressava com um carro revisto. Os motores naturalmente aspirados foram substituídos por unidades sobrealimentadas, mais indicadas para lidar com as elevadas alturas, adotando dois motores turbinados de 1.3 litros vindos do Polo e com 250 cv cada um. Terminaram em 4º lugar, incapazes de acompanhar o Audi Sport Quattro S1 que venceu a prova.
Sem querer desistir, no ano seguinte, em 1987, a Volkswagen voltou com a versão mais radical do Gol GTi BiMotor. De Gol GTi não tinha muito. Não era mais que uma silhueta montada num chassis tubular. Os motores estavam agora longitudinalmente montados, e passaram a ser dois blocos AP-2000 de quatro cilindros turbo, cada um com 330 cv, totalizando 660 cv. Alargou o carro e montou rodas e pneus maiores. No total, e mesmo com os dois motores, o carro pesava apenas 1050 kg.
Consta que o VW Gol GTi BiMotor desta vez, em 1987, liderou os treinos para a subida de Pikes Peak, mas infelizmente acabaria por ter problemas antes de chegar ao topo, abandonando a prova.
O Volkswagen Gol GTi BiMotor ainda existe, encontra-se no museu da marca, em Wolfsburg.
#GOL #GTi #BIMOTOR: CONHEÇA ESSA INCRÍVEL HISTÓRIA DE 660 CV! #VW #VWGol #GolGTI #Volkswagen #VolkswagenGol
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Há poucos dias a Volkswagen revelava a primeira imagem do carro com que pretende participar no próximo Pikes Peak Internacional Hill Climb. Só pela aparência, parece ser muito rápido. O desenvolvimento em conjunto com a Volkswagen Motorsport está acontecendo na casa mãe, em Wolfsburg, para tentar a sorte na mais emblemática corrida até às nuvens. O objetivo é alcançar o recorde “verde”, ou seja, completar a subida de montanha em menos de 8 minutos e 57,118 segundos, tempo realizado por Rhys Millen no seu eO PP100, também 100% elétrico, o ano passado.
Muitos que estão lendo este texto nem eram nascidos quando a Volkswagen se iniciou em Pikes Peak, corria o ano de 1985. Foi nesse mesmo ano que a marca se apresentou com um Volkswagen Gol GTi, o primeiro e único representante brasileiro na competição. Mas como pode-se perceber, não era um Gol GTi qualquer — era um Gol bimotor. Dois motores, um para cada eixo. Isso há três décadas atrás…
COMO SURGIU O GOL GTi BIMOTOR?
Em 1983, um ano fantástico até porque foi aquele em que eu nasci, a Volkswagen decidiu colocar dois motores num Scirocco para conseguir competir no Grupo B de rali. Além de melhorar a distribuição de peso, os dois motores de 1.8 litros, naturalmente aspirados e 180 cv cada, permitiam uma potência total de 360 cv. O objetivo era ser tão rápido quanto o carro de referência
da época, o Audi Quattro.
O que o Grupo B teve de espetacular teve também de desastroso, com a potência exagerada (há relatos de carros com 2000 cv pesando 600 kg) resultando em muitos acidentes, por vezes fatais, que levaram à sua extinção em 1986. Desta forma a Volkswagen colocava de lado o projeto do Scirocco bimotor.
A ideia era no entanto muito avançada para a época e mal empregada para ser desperdiçada. Motivo pelo qual em 1985 a marca pegou nos conhecimentos e experiência que já tinha do Scirocco e aplicou-os ao Gol GTi. Objetivo: construir um carro capaz de conquistar Pikes Peak. Com uma única subida, se esta corresse bem, era possível o mesmo mediatismo de uma época inteira nos ralis.
Assim, ainda nesse ano o Gol GTi bimotor estava pronto para a mítica subida. Para-lamas alargados, uma traseira com um sub-chassis tubular e dois motores preparados pela Oettinger, agora
com 195 cv cada um. O total eram 390 cv e a possibilidade de atingir os 100 km/h em apenas 4,3 segundos. No entanto, os motores naturalmente aspirados não tinham o “pulmão” necessário para lidar com a atmosfera rarefeita dos mais de 4000 metros de altura do pico.
INSISTÊNCIA DA MARCA
Em 1986, a marca alemã regressava com um carro revisto. Os motores naturalmente aspirados foram substituídos por unidades sobrealimentadas, mais indicadas para lidar com as elevadas alturas, adotando dois motores turbinados de 1.3 litros vindos do Polo e com 250 cv cada um. Terminaram em 4º lugar, incapazes de acompanhar o Audi Sport Quattro S1 que venceu a prova.
Sem querer desistir, no ano seguinte, em 1987, a Volkswagen voltou com a versão mais radical do Gol GTi BiMotor. De Gol GTi não tinha muito. Não era mais que uma silhueta montada num chassis tubular. Os motores estavam agora longitudinalmente montados, e passaram a ser dois blocos AP-2000 de quatro cilindros turbo, cada um com 330 cv, totalizando 660 cv. Alargou o carro e montou rodas e pneus maiores. No total, e mesmo com os dois motores, o carro pesava apenas 1050 kg.
Consta que o VW Gol GTi BiMotor desta vez, em 1987, liderou os treinos para a subida de Pikes Peak, mas infelizmente acabaria por ter problemas antes de chegar ao topo, abandonando a prova.
O Volkswagen Gol GTi BiMotor ainda existe, encontra-se no museu da marca, em Wolfsburg.
#GOL #GTi #BIMOTOR: CONHEÇA ESSA INCRÍVEL HISTÓRIA DE 660 CV! #VW #VWGol #GolGTI #Volkswagen #VolkswagenGol
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